segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Amar pode dar certo???

     Ando refletindo bastante, mas acredito que minhas reflexões do momento não merecem ser compartilhadas, diríamos que meu otimismo anda um pouco abalado, nada que o tempo não cure.
    Por vezes me sentei de frente para o computador na esperança de escrever algo e compartilhar com vocês, mas meu bom senso me impede, então fui rever citações que tenho guardadas para um dia compartilhar e encontrei essa do livro "Amar pode dar certo" de Roberto T. Shinyashiki e Eliana Bittencourt Dumet, eu tenho o livro e confesso que ainda não acabei de ler, ele costuma ser deixado de lado e trocado por outro, vou refletir sobre isso...rs.
     Entretanto este trecho do livro é muito interessante e eu adoro, então na falta de um texto próprio me apoderei dele para refletir com vocês. Espero que gostem. Para ilustrar imagens de Eros e Psiquê.

Afinal, o que é o amor?

    Certamente cada um de nós, pelo menos uma vez na vida, refletiu sobre o amor. Essa energia que movimenta toda a humanidade, muito mais preciosa que o ouro, e de cuja existência às vezes se duvida. É procurada nos outros, em nós mesmos, nos livros e, quando não é encontrada, leva à dolorosa sensação de solidão.
    Comecemos nossa reflexão vendo o que "não é amor". Há uma confusão muito grande entre o amor verdadeiro e um produto similar, chamado 'amor de troca', uma conduta usada como moeda, para dar direito a cobrar determinados comportamentos dos companheiros. Exemplo típico disso é a eterna cobrança: "Eu sempre cuidei de você, agora que preciso não o tenho comigo".
    O amor é uma energia que cresce dentro de nós e nos convida a estar com o outro. Quando estamos em estado de amor, torna-se inevitável agirmos de forma amorosa. Portanto, o outro, no fundo, faz-nos um favor ao se deixar
amar por nós.
    O amor não é um convite à infelicidade. Quando, numa relação, as pessoas se sentem amarguradas, convém refletir cuidadosamente, pois o amor é uma energia que impulsiona para a vida. Quando estamos amando alguém, sentimo-nos vivos e em sintonia com o Universo.
    Amar não é viver assustado, procurando adivinhar o que o parceiro quer, para obter sua aprovação, ou temendo o seu mau humor. O sentimento do amor nos dignifica e nos dá a verdadeira dimensão do nosso valor; faz-nos sentir que pertencemos à raça humana e que não somos simplesmente meros complementos um do outro.
    Amar não é ficar parado, como um rei, esperando que o outro, pelo fato de estar sendo amado, sinta-se devedor de nosso sentimento O amor nos proporciona uma sensação de gratidão para com a existência; um sentimento de ser abençoado pela dádiva divina. E, em retribuição, somos levados a cuidar desse amor.
    Amar não é simplesmente ter desejo sexual que, apesar de ser algo incrível, não é o único elemento do amor. As pessoas que vêem o amor como algo puramente genital geralmente acabam por empobrecê-lo.
    Amar é uma viagem a ser feita com alguém, na qual, ao mesmo tempo em que desfrutamos dessa entrega, desvendamos os mistérios que ela nos apresenta a cada momento.
    O amor é uma força que nos leva a enfrentar todos os nossos medos, criados desde as primeiras experiências dolorosas de aproximação. Torna-nos corajosos e ousados, prontos a desafiar o tédio e o comodismo, a enfrentar o desafio do cotidiano, sem deixá-lo transformar-se em rotina. Proporciona-nos uma postura de aprendiz, concedendo-nos a suprema compreensão de que, quando somos levados pelo impulso do amor, realizamos algo. No amor, não estamos nos submetendo ao outro, mas sim obedecendo às ordens do sábio que existe dentro de nossos corações.
    O amor nos dá coragem para enfrentarmos todas as mensagens negativas ouvidas na infância, do tipo "homem não presta", "mulher é complicada", "casamento só traz sofrimento", que poluem nossos  pensamentos. Não podemos exigir a perfeição do ser amado, pois, como diz Aristóteles: "O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição".
   O amor é um convite a estar com o outro, porque, como diz Francesco Alberoni: "É um estado nascente de um movimento a dois; é um querer estar compartilhando alegrias e dores, problemas e soluções com o ser amado".
    O amor leva-nos a respeitar a nossa própria individualidade e a do outro, pois, como diz Rajneesh: "Viver é como o ciclo respiratório. Na inspiração entra-se em contato consigo próprio, é o estar só, é o momento em que se carrega o coração de energia, é a maturação do feto, a preparação do botão de rosa. E na expiração dá-se o encontro, o desabrochar do amor, o renascimento com o outro, o 'ser' com o outro. A respiração não é possível sem os dois movimentos. Precisamos da inspiração tanto quanto da expiração."
    O amor é a força que nos torna guerreiros, sem revolta, pois, como dizia Eric Fromm: "Amar é comprometer-se sem garantias; entregar-se completamente, com a esperança de que o nosso amor produza amor na pessoa amada".
    O amor é uma viagem para dentro de nós, na busca de respostas que nos revelem o que não está certo conosco, mesmo que o outro esteja sendo desleixado com nosso amor. Porque, como dizia Antoine Saint-Exupéry: "O amor é o processo em que você me mostra o caminho de retorno a mim mesmo".
    A palavra amor é muito limitada para expressar a totalidade do seu significado e, por isso, ao procurarmos conceituar o sentimento, é inevitável que o limitemos.
    O amor é muito mais que o encontro de dois corpos, muito mais que a união entre duas pessoas. É a própria consciência da Existência: a crença nas forças divinas, que cuidam de todo o universo e que nos levam um ao outro, com a mesma fluidez com que aproximam uma nuvem de uma montanha, que nos proporcionam uma força sobre-humana, que dão energia ao vento, ao mar e à chuva e que nos tornam grandes como pinheiros gigantescos.

    No amor seguimos um caminho, realizando uma história, cujo final, apesar de todo nosso conhecimento, só vamos saber quando a completarmos.
    A única certeza que temos é a de que o amor é uma condição inerente ao ser humano. Assim como a flor emana o seu perfume, o homem e a mulher naturalmente exalam o amor. Isso é tão inevitável quanto é impossível proibir a terra molhada de desprender o seu cheiro.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Razões que a própria razão desconhece


"O coração tem razões que a própria razão desconhece." (Blaise Pascal)

             Ouvi de uma pessoa que me é muito querida que quando se ama de verdade esse sentimento não acaba, assim que ouvi na hora discordei, mas como vocês já sabem estou sempre disposta a mudar de ideia...rs.
            Lembro que certa vez li em um livro do Paulo Coelho a seguinte citação: “O verdadeiro amor se modifica com o tempo, e cresce, e descobre novas maneiras de se expressar.” Com isso eu concordo, é uma forma mais fácil de ver.
            Quando amamos verdadeiramente e um relacionamento acaba, isso não significa que o amor acabou, mesmo que você não queira mais aquela pessoa como sua companheira para vida, não quer necessariamente dizer que o amor acabou. O amor pode se modificar, pode se manifestar de outras formas.
Tirado o véu da raiva, da mágoa, dos sentimentos ruins que muitas vezes acompanham um rompimento pode ser que o carinho, o companheirismo, a gratidão e todas essas coisas boas e verdadeiras que compõem o amor se manifestem.
Embora essa possa ser uma forma muito particular de se ver, mas é de fato no que eu acredito. Sempre que penso nestes assuntos me vem à cabeça uma citação que já compartilhei com vocês no post: Refletindo sobre meus sentimentos, que deixa claro que cada pessoa é única e que sempre deixa algo para nossa vida, cada uma delas faz parte de nossa história, ajudaram a nos tornarmos o que somos.
É importante também sempre ter em mente que a mudança nos faz crescer, mas que temos que nos abrir para que coisas novas cheguem até nós, temos ainda que deixar nosso coração limpo, afinal o novo inquilino gosta de ver que sua locação está limpa e arejada, é bom deixar o coração em ordem.
“É preciso estar atento, deixar que as coisas mudem. Se você mantém o que é velho, o novo não tem espaço para manifestar-se." Paulo Coelho
Mas como é difícil abrir espaço para o novo, temos um desanimo natural só de pensar todas as fases que passamos em um relacionamento, costuma dar preguiça pensar no processo de adaptação do novo amor. Se nos concentrarmos nisso esquecemos todas as coisas boas que surgem com uma nova paixão.
Uma nova paixão sempre vem com um frio na barriga, que até da um pouco de agonia, mas é uma adrenalina gostosa, temos a chance de fazer descobertas maravilhosas, de nos divertir, curtir os momentos iniciais quase sem nenhuma briga, tem todo o jogo de conquista, se analisarmos bem iremos perceber que é algo estimulante.
Sem contar que sou otimista, sempre penso que desta vez será muito melhor, mas se não for costumo conseguir recuperar minha esperança e seguir otimista aguardando o próximo...rs.
O importante é sabermos lidar com a realidade, não buscar pessoas impossíveis, não ficar esperando que o antigo amor mude da água para o vinho, muito menos aguardando que um príncipe encantado bata a nossa porta. Se você não estiver interessada em seu entregador de pizza, desista dessa ideia! Esse tipo de coisa só acontece em duas situações filme pornô ou conto de fadas, não na vida real! #ficaadica
Quanto à esperança de que o “antigo amor” possa mudar, bem... tudo na vida precisa de limites, certo? Isso é algo tão improvável que nem nos filmes pornôs e contos de fadas acontece! Podemos até ver o enredo do cara cafajeste que se apaixona e se torna um bom moço, nem duvido de tal possibilidade, o que penso é o seguinte, ele já se apaixonou e já mudou, certo? Então as mudanças param por aí, o que não conseguiu ser mudado enquanto houve a motivação da paixão, dificilmente será modificado com o tempo. Devemos ter em mente que as pessoas só mudam quando de fato querem!

Devo confessar que quanto à mudança dos seres humanos eu não sou lá muito esperançosa, diríamos que quebrei minha cara vezes suficientes para ficar esperta!(ou não, vai saber...)
O que quero de fato é enfatizar a necessidade de conseguirmos não desanimar e arriscar relacionamentos novos, ter coragem de mergulhar na noite escura do amor (bonito isso! rs) se permitir, deixar-se surpreender e se por acaso quebrar a cara, paciência, volte ao início do jogo, deixe novamente os dados rolarem e vamos ver onde chegamos desta vez.